quarta-feira, 14 de maio de 2014

Não entendo porque as pessoas se atacam o tempo inteiro. Porque insistem em se colocar maiores do que as outras e a qual lugar tudo isso vai levar. Podem me dizer que isso é instinto, é sobrevivência, é conquistar o seu lugar, podem me dizer qualquer coisa que não vão me convencer. Essa coisa de querer ser o que não é não faz sentido, não tem explicação, só cria couraças  nos colocando cada vez mais no nosso próprio buraco. Mas o que também nos coloca nesse nosso próprio buraco é se importar, é querer agradar a tudo e a todos e ai sim esquecer de ser, de viver. As coisas, as pessoas vão além do que se vê, e ninguém precisa provar até onde vai, pra ninguém. Ninguém sabe a dor da gente, e ninguém precisa saber. Todo mundo julga todo mundo, mas ninguém precisa se importar. A gente só precisa viver e deixar estar, sem querer ser sempre um vencedor, também é bom errar.

"Olha lá, quem acha que perder é ser menor na vida. Olha lá, quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar."

sexta-feira, 14 de março de 2014

Pode acontecer tudo, inclusive nada

"Em tantos milênios, os humanos nunca entenderam o amor. Quanto é físico e quanto está na mente? Quanto é acidente, quanto é destino? Porque casamentos perfeitos se desintegram e casais impossíveis prosperam?"

Não sei a resposta nem um pouco a mais que eles. O amor simplesmente está onde está. Minha pele arde onde encontra a dele. A sensação é melhor que boa. Ele esta sempre me abraçando de um jeito único mostrando que ele está aqui para mim da mesma forma que eu estou para ele. Ele olha pra mim e sorri, as linhas em torno de seus olhos desenhando pequenas teias, e eu congelo e esquento rapidamente por dentro. Ele aperta a minha mão e meu coração pulsa como se fosse sair da boca. Seus olhos me fazem esquecer que estive no buraco, que por segundos desejei não querer mais ninguém. Sempre quero estar com ele, digo assim não só sendo fisicamente, sei o quanto é bom sentir aquela saudade e ao mesmo tempo não querer ver, a saudade é tão boa, e me aperta por dentro, me faz respirar mais fundo. Quando você me toca.. – eu arrepio. Não quero que ele pare, não quero que ele mude, quero ele do jeito que sempre foi. Quero ser mais exata, mas não consigo encontrar as palavras. As mãos dele estão em meus cabelos, massageando cada fiu do começo ao fim e meu coração está prestes a explodir. Mas já está tudo sobre controle, já não há o que temer, e eu espero não precisar me preocupar, eu nunca quero perdê-lo, jamais vou deixar ele ir embora, afastar-se de mim, mesmo se as coisas não derem certo, quero ele aqui, se não der certo assim, que seja como era antes então. Nunca me senti tão bem em tão pouco tempo, antes silêncios eram sufocantes, agora não me incomodam, sentir a tua presença caminhando do meu lado, e poder te abraçar a qualquer instante sem hesitar, é confortante, não precisa falar nada, só esteja aqui. Poder ser aquela idiota que sempre fui sem ter medo do que ele poderia pensar, falar besteiras, dar risadas escandalosas, poder ser aquela que gosta de passar o dia todo beliscando algo. Não precisar estar sempre de maquiagem pra impressionar, estar com preguiça ou elétrica, isso tudo parece não importar. Eu acordo todos os dias feliz por saber que posso ser eu mesma, e quando eu digo que “pode acontecer tudo, inclusive nada”, eu não quero que pense que nada é sinônimo de algo ruim. Nós precisamos do nada, "vezenquando". Pode acontecer tudo, como pode não acontecer nada quando estamos juntos ou só pensando um no outro, podemos sentar em qualquer lugar sem dizer uma palavra, podemos não nos ver, podemos não nos tocar, isso é como se fosse um nada, mas uso o nada agora como algo bom, é bom as vezes só te ver de longe, sem fazer absolutamente nada, dá vontade de correr pra perto, mas é tão bom sentir saudade. As vezes é bom ter o nada na vida da gente, quando a intensidade é demais, cansa rápido, enjoa. É bom saber equilibrar, tempo pra nós, tempo pra si, tempo pros amigos, tempo pro que precisar, beber, rir, estudar. É quase perfeito. Se fosse perfeito não daria certo, não seria bom, não seria tão certo, tão na medida como deveria. Eu sou assim de um jeito meio antiquado, meia estação e você também. Meio a meio, o tudo e o nada misturado em condição, conclusão. Pra quem sempre foi extremista, eu estou me saindo bem com o tudo e o nada. Pelo menos nessa parte - na mais importante agora- eu estou sabendo misturar a receita, pra dar o ponto. Eu espero estar fazendo a coisa certa, na medida certa, do jeito certo. Eu não quero errar outra vez.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Bem e mal


Afeiçoamento, apreço, consideração, dedicação, estima, inclinação e respeito. Afeto! Eu fico me perguntando porque é que as vezes eu gosto tanto das pessoas. Sim, sou dessas que vive intensamente, que quando gosta é de verdade. Sabe quando você gosta tanto de uma pessoa que tem vontade de abraçá-la forte toda vez que à vê? Sabe quando você sente que é indiferente, mas não consegue sentir isso por algumas pessoas? Não consegue ser recíproca naquilo que não agrada, que não faz bem, que machuca. Detesto gente que não perdoa. Que não aceita. Pode demorar viu? Mas porque guardar rancor, mágoa por tanto tempo? Porque não amar, soltar, libertar? Porque ter de mostrar superioridade aos outros quando na verdade isso é só pra você se auto-afirmar? Eu sei que a vida ensina através das discóridas, mas a gente aprende a amar a outra pessoa mesmo que seja pra deixar ela ir embora pra sempre. É só querer.  É tão bom soltar, parar de resistir, deixar fluir novos sentimentos. Todo mundo tem coração. Aquele coração que não é só para ser vital, mas para amar, pra sentir.
Eu amo, eu concentro-me nas coisas boas. Meus olhos brilham. Mas quando é que vou acreditar que as pessoas podem sim ser recíprocas comigo? Quando é que eu vou aceitar que, sim, as pessoas gostam de mim e podem querer me abraçar forte toda vez que me vêem?


“O ser humano é contraditório. Um punhado de bem. Um punhado de mal. É só misturar com água.”